…não sabemos nós o que fazer; porém os nossos olhos estão postos em ti (2 Crônicas 20.12).

Três problemas terríveis com o mesmo poder devastador e sem solução aos olhos humanos surpreenderam Josafá: três exércitos munidos até os dentes com armamentos de guerra – três fortalezas cruéis – iam de encontro a Josafá e seu povo desprovidos de qualquer material bélico ou preparo para uma guerra aniquiladora. O medo surgiu, mas não o paralisou, pelo contrário, levantou-se, tomou a decisão que transformou a vida de toda Nação.

Confiante através da fé no poder de Deus, Josafá convocou o povo e na casa do Senhor, diante do pátio novo, todos os homens de Judá com as famílias e até crianças de colo, em pé, em oração e jejum, totalmente dependentes, rendidos, creram no socorro e no livramento que somente Deus poderia dar. Josafá orou e mostrou a Soberania do Senhor, a Sua capacidade única de socorrê-los e livrá-los, porque nada é grande nem difícil demais para Ele: Ah! Senhor, Deus de nossos pais, porventura, não és tu Deus nos céus? Não és tu que dominas sobre todos os reinos dos povos? Na tua mão, está a força e o poder, e não há quem te possa resistir (2 Crônicas 20.6). Josafá mencionou ao Senhor que aquela terra tinha sido dada aos descendentes de Abraão e um santuário tinha sido construído ali, em Nome do Senhor e, portanto conforme as Escrituras, se algum mal sobreviesse, fosse espada, juízo, peste, fome, o povo deveria fazer o que estava fazendo: no templo diante do Todo-Poderoso, clamar e Deus ouviria e o livraria. Força não tinham para vencer, porém tinham os olhos voltados para o Alto. E Josafá ora ainda mais: Ah! Nosso Deus, acaso, não executarás tu o teu julgamento contra eles? Porque em nós não há força para resistirmos a essa grande multidão que vem contra nós, e não sabemos nós o que fazer; porém os nossos olhos estão postos em ti (2 Crônicas 20.12). Foi então que, de forma poderosa, o Espírito do Senhor veio sobre Jaaziel que entregou a resposta da oração de Josafá que, por sinal, foi semelhante à resposta em que Ele lutaria pelo povo e que atravessassem o Mar Vermelho sem temor: Não tenham medo. Fiquem firmes e vejam o livramento que o Senhor trará hoje… O Senhor lutará por vocês; tão somente acalmem-se (Êxodo 14.13 ao 14). O Mar se abriu milagrosamente, o povo atingiu o outro lado sem ter guerreado e os inimigos foram engolidos pelo Mar que se fechou. 

Diante da mensagem estrondosa que lhes garantiu a vitória, Josafá prostrou-se com todo povo e adoraram ao Senhor. Creiam no Senhor, seu Deus, e vocês estarão seguros… ( 2 Crônicas 20.20).

Os levitas se levantaram em alta voz, louvaram ao Senhor, o Deus de Israel, e na manhã seguinte, o povo partiu sem armas nem treinamento de guerra algum; simplesmente com vestes sagradas louvando a Deus em grande e gloriosa adoração! Quando começaram a cantar e a entoar louvores, o Senhor preparou emboscadas contra os homens de Amom, de Moabe e dos montes de Seir, que estavam invadindo Judá, e eles foram derrotados. Os amonitas e os moabitas atacaram os dos montes de Seir para destruí-los e aniquilá-los. Depois de massacrarem os homens de Seir, destruíram-se uns aos outros. Quando os homens de Judá foram para o lugar de onde se avista o deserto e olharam para o imenso exército, viram somente cadáveres no chão; ninguém havia escapado (2 Crônicas 20.22 ao 24). 

Que falta fizeram armamentos bélicos e preparo para um enfrentamento tão cruel? E o que adiantou os três “poderosos” e tão unidos exércitos estarem tão bem paramentados e preparados aos olhos humanos? Violento conflito exterminando-se uns aos outros é o que os esperava em contrapartida aos louvores e cânticos de fé na caminhada do povo dirigido por Deus. Como explicar o inexplicável? Tamanha união de três povos poderosos em guerras, três problemas absurdamente impossíveis de serem resolvidos e, se autodestruírem sem deixarem vestígio algum de vida humana respirando? O sobrenatural não se explica. Enquanto Josafá e o povo caminhavam cantando e louvando a Deus dos Exércitos, os exércitos humanos estavam se exterminando sendo todos extintos.

Decisão é escolha! Josafá não tomou nenhuma atitude humana! Ele não contratou homens de guerra nem mesmo exércitos de outras nações e nenhuma ajuda pediu a algum rei. Diante da notícia, decidiu buscar  Deus que garantiu a ele a vitória. 

Extremamente ricos e poderosos, os três exércitos deixaram tesouros e riquezas sem limite. Era tanta abastança que durante três dias o povo de Josafá recolheu o que quis e ainda deixou, porque era muito mais do que podia levar. No quarto dia, reuniram-se todos no vale de Beraca, o vale da adoração e do louvor, vale de bênçãos que, antes, tinha tudo para ficar marcado como o vale de dor e lágrimas. Nesse vale foi visto o poder sobrenatural de Deus, um dos tantos milagres grandiosos que a Bíblia registra. 

O povo de Josafá voltou para Jerusalém ao som de instrumentos musicais, cânticos de louvor em sinal de adoração e foram direto para o templo agradecer ao Senhor, e o reino de Josafá se fortaleceu ainda mais. E o reino de Josafá manteve-se em paz, pois o seu Deus lhe concedeu paz em todas as suas fronteiras (2 Crônicas 20.30). As nações vizinhas viram que Quem lutou por Israel foi Deus com Seu poder ilimitado.

A vitória de Josafá e seu exército foi um acontecimento grandioso que nos edifica até hoje. 

Deus é o Deus que opera o impossível, o Deus que suspende a Terra sobre o nada, que garante que pode fazer todas as coisas e nenhum dos seus planos pode ser frustrado. 

O Senhor dos Exércitos jurou, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e como determinei, assim se efetuará (Isaías 14.24). E continua no versículo 27: Porque o Senhor dos Exércitos o determinou; quem pois o invalidará? E a sua mão estendida está; quem, pois, a fará voltar atrás? Davi disse no Salmo 27.13: Pereceria sem dúvida, se não cresse que veria os bens do Senhor na terra dos viventes. O Deus que socorreu Josafá tem o poder de socorrer a todos nós, a mim, a você também, quando tomamos a decisão de buscá-l’O. 

Entrar num novo ano como saímos do anterior é uma decisão que não deve existir. Na força do braço e agindo de forma natural, chegamos somente aonde força física alcança, mas quando a decisão de buscar a Deus e depender d’Ele é tomada,  o Senhor assume o controle, passa a lutar as nossas batalhas e atingimos resultados sobrenaturais. Ele é o Deus invencível! Jamais o Senhor perdeu uma guerra. 

Deus quer levá-lo para o vale de Beraca. É certo que Ele está determinado a fazer na sua vida o que fez na vida de Josafá. Depende somente de uma decisão: você se voltar para Ele, colocar sua vida nas Suas mãos e depender completamente d’Ele. Faça isso e viverá milagres!

Todos os anos somos edificados com livramentos ao vermos os vales de lágrimas –  vale de Baca – serem transformados em vales de bênçãos na vida dos que creem. Sempre digo que se nada mudar, nada mudará e como saímos de um ano será como entraremos no outro. 

É comum pessoas desejarem que um ano acabe e o novo chegue logo, mas o ano velho um dia foi novo e um ano novo com tudo velho fica sendo somente mais um ano de dor e frustração. O problema não está no ano, está na fé. 

Para Josafá e para a Nação, aquele ano tinha tudo para ser devastador, mas por causa da decisão de fé que ele tomou no ápice do problema, foi um ano definidor de muitos outros anos. Tornou-se no melhor ano da vida dele, e repercutiu nos outros. 

Tudo começa com uma decisão! Podemos deixar as coisas como estão ou podemos fazer diferente. Temos hoje e temos agora. Podemos buscar a Deus em primeiro lugar como Josafá fez ou podemos continuar tentando mais alguma coisa. 

Esta mensagem é um portal aberto e Deus está lhe chamando, garantindo que você pode terminar este ano como o melhor da sua vida, porque nada é difícil demais para Deus, por isso não serão três problemas que o impedirão de entoar o hino da vitória no templo, em gratidão ao Senhor por tê-los resolvidos. Portanto… Busque-O!

Não passou de hora e não é tarde demais! “Se” você buscar o Senhor, o favor sobrenatural o alcançará e eu costumo dizer que um dia do favor de Deus pode mudar anos da sua vida. 

Levante-se como Josafá, tome a decisão, volva seus olhos para o Alto, decida, vá em busca no templo, ore, cante com toda igreja, e presenteie-se ofertando o mês de dezembro ao Senhor! Você se surpreenderá com o que Deus faz na vida de todo aquele que O busca. Entrar num novo ano como saímos do anterior é uma decisão que não deve existir.

Desejo-lhe o melhor final de ano da sua vida – até então – debaixo de uma graça desproporcional! Que você experimente a glória de Deus como jamais experimentou, chegando com determinação ao glorioso vale de Beraca.